Pensando na letra da música Algoritmo do Show Tempestade (parte 1) - Guilherme Sá

E aê galerinha do rock católico!

Continuando as postagens anteriores, sigo pensando sobre as músicas do show Tempestade, do Guilherme Sá e, a música analisada aqui é a Algoritmo. A música é uma obra poética e filosófica que mistura crítica existencial, espiritualidade e reflexões sobre a era digital. super pertinente para os tempos que vivemos. Tem como alguns do temas centrais, a dualidade entre finito e infinito
“Há o finito / Ele então caminhará sob o luar”
Representa o ser humano limitado, em busca de sentido sob a luz tênue da existência. E aqui novamente sou levada a pensar da teoria de Viktor Frankl, a Logoterapia, que tanto nos fala acerca da busca de sentido. 
“Há o infinito / Há o céu e há o discurso / De quem perdeu seu curso”
Contrapõe o ideal eterno com a confusão humana, sugerindo que mesmo diante do infinito, muitos se perdem.
Outro tema é a crítica à moral relativista encontrada em:
“Não existe um jeito certo de fazer uma coisa errada / Ou se acerta ou se erra”
Uma afirmação direta contra a relativização ética. Guilherme propõe uma visão clara de certo e errado.
Temos ainda a chamada "era do algoritmo", da necessidade de likes. 
“O algoritmo venceu / Sinal, síntese, sintomatismo”
Aqui, o “algoritmo” simboliza a lógica fria, a automação da vida, a perda da espontaneidade. É como se o humano estivesse sendo substituído por padrões previsíveis e calculáveis.
Identificamos ainda meio que um paralelo entre Sabedoria versus ignorância
“Enquanto o sábio aponta o céu, o idiota olha o dedo”
Uma releitura do famoso provérbio oriental. Mostra como muitos se perdem nos detalhes e não enxergam o essencial.
"Algoritmo" é uma música que questiona o rumo da humanidade em tempos de tecnologia dominante. Guilherme de Sá, conhecido por sua profundidade lírica, constrói uma narrativa que mistura a espiritualidade católica, crítica social, reflexão filosófica e estética poética. O final — “Meu amor, veja bem / Diga amém / Durma bem” — é quase um lamento terno, como se o eu lírico aceitasse, com amor e resignação, a vitória do sistema, mas ainda desejasse paz ao outro.
Simbora analisar essa letra?

Pensando na letra da música Neumas D'arezzo do Show Tempestade (parte 1)- Guilherme Sá

Salve, roqueiros de Deus!

Dando continuidade à série de músicas do show Tempestade, do Guilherme de Sá, dessa vez estou trazendo a música Neumas D'arezzo. Como não conheço esse termo, tive que pesquisar para entender e trazer pra vocês o significado. O termo "Neumas D'Arezzo" tem um significado duplo — musical e simbólico — especialmente quando se refere à música com esse título. 
Na explicação musicas temos que Neumas são os primeiros símbolos usados na notação musical ocidental, surgidos entre os séculos VIII e XIV. Eles indicavam o contorno melódico das músicas, antes mesmo da invenção das pautas e notas como conhecemos hoje.
Guido d'Arezzo foi um monge beneditino do século XI, considerado o pai da notação musical moderna. Ele desenvolveu o sistema de solmização (ut, ré, mi, fá, sol, la) e introduziu a pauta de quatro linhas, facilitando o ensino e a leitura musical.
A música usa o nome como metáfora espiritual e artística. Reflete sobre a complexidade e simplicidade da vida e da fé, comparando a jornada espiritual a uma composição musical. Frases como "notas desiguais", "tríade sem bemóis", e "modo grego e mixolídio" evocam a busca por autenticidade e profundidade espiritual. A repetição de "Desfaz, refaz" sugere reconstrução e reflexão pessoal, no movimento constante de nossa vida em errar, arrepender-se, buscar melhorar. O título homenageia Guido d’Arezzo como símbolo de inovação e estrutura na música — e, por extensão, na espiritualidade.
Vamos pensar na letra?