Um olhar sobre o livro Depois de Auschwitz

Olá, caros leitores!

Dessa vez vou fazer algo diferente. Esse blog é mais voltado para assuntos musicais, entretanto, um novo amigo, sugeriu que adentrasse pelo mundo da literatura. Como desafios ajudam a movimentar essa fleumática, acabei aceitando a sugestão e cá estou para escrever sobre o livro Depois de Auschwitz, escrito por Eva Schloss. Confesso, que não sei explicar o porquê, mas relatos sobre os tempos do holocausto me atraem. Principalmente quando se tratam de sobreviventes. Sou apenas uma pessoa que gosta de ler e que tem buscado cada vez mais aprender com as boas obras. Não tenho nada de crítica literária e nem nada do tipo. Enfim, sem mais delongas, convido-os a embarcar comigo no universo desse livro. 
Como já diz na capa, o livro conta a história de Eva Schloss sobrevivente do holocausto, considerada meia-irmã de Anne Frank. Bom, não sei se foi erro de tradução ou intencional para atrair a atenção de leitores, mas na verdade, apesar de ter conhecido a Anne Frank, o que ocorreu foi que após o holocausto, a mãe de Eva, que ficou viúva, posteriormente se casou com Otto Frank, pai de Anne, que também ficou viúvo. Em minha concepção esse contexto não faria delas meias-irmãs. 
Um fator que gostei, é que diferente do Diário de Anne Frank, que é pontual, é que esse livro narra a história da vida da Eva. Como a vida era antes da guerra, os perrengues durante o holocausto e o pós guerra, as dificuldades de adaptação, as feridas causadas na alma. Pesquisei no google e parece que ela ainda está viva, com 92 anos. 
Eva, diz-se uma jovem que gostava de esportes, de estar ao ao livre. Morava com o pai, a mãe e o irmão. Pareciam ser uma família unida e feliz. A família tinha boas condições financeiras. Também tinhas avós que amava bastante. 
Com o início da guerra, mostravam-se otimistas a princípio, acreditando que não chegaria a eles. Contudo, a guerra veio e foi separando a família, por questões de segurança. O avós viajaram para um local. Ela e a mãe ficaram em outro canto. O pai e o irmão, também buscaram abrigo em outra localidade. Até que as coisas ficaram complicadas e acabaram indo para Auschwitz. Homens e mulheres ficavam em locais separados. Passaram por maus bocados, fome, doença incerteza se os demais estavam vivos. 
A guerra cessou. A principio foram se reorganizando, ainda na incerteza se o pai e o irmão estavam vivos, se os avós estavam vivos. As duas, se formas diferentes foram enfrentando as feridas que a guerra causou, a tristeza, as incertezas de como se manter, para onde ir. Foram tempos muitos difíceis. 
Foram criando novos vínculos, trabalhando, aprendendo novas atividades, voltando a estudar. Nesse movimento, a mãe de Eva foi se aproximando cada vez mais de Otto, pai de Anne Frank. Eva também conheceu alguns rapazes e acabou casando com um deles, tendo 3 filhas. Por sugestão de Otto, que deu sua mcâmera fotográfica para Eva, a mesma chegou a trabalhar como fotógrafa. Mutti, como Eva chamava a mãe e Otto dedicaram o resto de suas vidas na publicação e divulgação do diário e vida de Anne, assim como abertura de museus resposta de cartas palestras. 
Inesperadamente certo dia, Eva também foi chamada a falar de sua experiência e a partir de então resolveu dar palestras e escrever este livro com suas experiências. Dele fizeram peças e exposições com suas memórias. Ela também localizou e divulgou pinturas do pai e do irmão. 
Eva soube transformar a sua experiência de profunda dor em um testemunho das marcas que o racismo, o preconceito e os crimes de ódio trazem, injetando em especial nos mais jovens um desejo de esperança e maior aceitação do outro, seja quem for. 
Com tudo isso, deixo a sugestão dessa leitura fascinante. 
Seguem algumas fotos de Eva e das diferentes capas de seu livro








Comentários

  1. Não conhecia esse livro, Tici, pare interessante, obrigado pela sugestão!
    Já que você gosta do assunto sugiro que leia os diários de Victor Klemperer, aposto que tu vais gostar!

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